As empresas Pontocom, termo originalmente aplicado a empresas exclusivamente virtuais, a exemplo da Submarino ponto com, passou a ser usado para se referir não só às companhias que iniciaram a comercialização de produtos e serviços na web, mas também para mencionar as empresas que são hoje referência neste canal de vendas, ainda que não sejam exclusivamente virtuais, como por exemplo, as Lojas Americanas, tradicional varejista no Brasil. Todo site com tal sigla significa que ele é comercial. Tudo isso veio a consolidar no dito "estouro da bolha" em abril de 2000, com bastante impacto na Bolsa de Valores (NASDAQ). Companhias ou empresas ponto com, também chamadas pelo termo anglófono dot-com (dotcom ou redundantemente dot.com) são empresas de comercialização eletrônica que exploram a comercialização serviços ou produtos na Internet. Segundo Damodaram (2000), é possível a avaliação de qualquer empresa, porém há três grupos de empresas em que se torna mais difícil de realizá-la, são as que: apresentam prejuízos, não possuem histórico significativo, e possuem poucas empresas comparáveis ou nenhuma. O autor conclui que a questão chave não é se estas empresas podem ser avaliadas, mas sim se as pessoas estão dispostas a conviver com avaliações que dão margem a muitas interpretações. Afirma ainda que aqueles que se arriscam a fazer tais avaliações estão mais preparados para enfrentar a volatilidade das ações, demonstrando que, no caso em pauta, pode-se utilizar o método dos fluxos A da década de 1990, em tecnologias, empresas e ações com ela relacionadas. O nome deriva do fato que várias dessas empresas tenham o sufixo TLD ". com" em seus nomes. A sigla TLD, do inglês top-level domain, é um dos componentes dos endereços de Internet. Cada nome de domínio na Internet consiste de alguns nomes separados por pontos, e o primeiro desses nomes é o domínio de topo, ou TLD. Por exemplo, no nome de domínio exemplo.com, o TLD é com (ou COM, visto que nos TLDs a capitalização é ignorada). de caixa descontados, com alguns ajustes e o método baseado em múltiplos. Mas alerta sobre os perigos inerentes a esse último método de avaliação. Um dos métodos mais utilizados para realizar avaliações de empresa é o método dos fluxos de caixa descontados -FCD, porém há defensores e contraditores, que argumentam sobre suas qualidades e fragilidades. Na opinião de Martins (2001) dentre os modelos enumerados, o FCD é tido como o que apresenta a efetiva capacidade de geração de riqueza de determinado empreendimento. Mas para Santos & Pamplona (2001) o modelo não pode captar o valor da flexibilidade administrativa, ou seja, as diferenças entre o que foi previsto e o que de fato ocorreu e que os executivos não investem em projetos apenas pelo fato de apresentar valor presente líquido positivo. Nesse sentido, há quem defenda a importância do valor presente, Afirma Assaf Neto (2003), que a empresa ou um ativo em particular são avaliados por sua riqueza econômica que deve ser expressa pelo seu valor presente, a partir dos fluxos de caixa esperados para o futuro e considerando uma taxa de atratividade que representa o custo de oportunidade do investidor. Na opinião de Endler (2004), embora esse seja o método mais utilizado para obtenção do valor da empresa é comum verificar-se na prática a utilização de taxas de atratividade incorretas, levando a resultados inconsistentes. Todos esses argumentos enriquecem a discussão sobre o tema, mas é bom considerar a necessidade de sensatez ao escolher o método de avaliação a ser utilizado. Afirma Martins (2001), que os diversos métodos não devem ser tratados como substitutos uns dos outros, mas como complementares, cabendo ao decisor se valer do máximo de informações possíveis para subsidiar suas decisões de investimento. No caso de empresas que se caracterizam pelas dificuldades apontadas por Damodaram, têm-se as "pontocom" como um bom exemplo, especialmente quanto ao fato de apresentarem prejuízos contábeis por diversos exercícios. Diante do exposto, a presente pesquisa busca verificar se a análise fundamentalista pode contribuir para a compreensão do comportamento do preço das ações de empresas "pontocom" brasileiras. Nasce assim a questão de pesquisa: Haverá relação entre os preços das ações de uma empresa "pontocom" brasileira e seus principais indicadores contábeis? II. # Fundamentaçao Teórica a) Mercados Eficientes E Análise Fundamentalista Ahipótese dosmercados eficientes foi propostapor Eugene F.Famaem 1969. Fama (1976) demonstra que o preço de uma ação representa o equilíbrio entre a oferta e a procura por este ativo, bem como reflete informações da empresa num momento determinado. Segundo Juchem Neto (2001) a hipótese dos mercados eficientes consiste na verificação de quais informações disponíveis no sistema econômico estão incorporadas no preço das ações. Assim, classifica tais informações conforme a seguinte representação gráfica: Prossegue afirmando que essa hipótese apresenta-se de três formas: a fraca, a semi-forte e a forte. Na fraca, a série temporal do preço dos títulos está refletida no preço dos títulos. Na semi-forte, todas as informações publicamente disponíveis estão refletidas no preço dos títulos, incluem-se nesse caso as informações contábeis. Na forte, pressupõe-se que todas as informações disponíveis, inclusive as informações privilegiadas, estão refletidas no preço dos títulos. Segundo Minardi (2001) diversas pesquisas internacionais afirmaram que não havia um padrão previsível de comportamento do preço das ações, pois esses aparentemente evoluíam aleatoriamente. Esse No Brasil, pesquisa realizada por Schiehll (1996) investigou se a divulgação de demonstrações financeiras de uma empresa de capital aberto produz efeitos no comportamento do preço de suas ações, concluindo que os efeitos são significativos e permitem afirmar que o mercado de capitais brasileiro possui um nível de eficiência semi-forte. Costa Júnior e Neves (1998) investigaram se outras variáveis, como valor de mercado, índice preço/lucro e índice valor patrimonial/preço, podem explicar as variações nas rentabilidades médias das ações negociadas à vista na Bolsa de Valores de São Paulo. Concluem que existiu uma influência significativa destas variáveis no apreçamento das carteiras de ações. Balke e Wohar (2001) pesquisaram o impacto de longo prazo dos dividendos e lucros sobre os preços das ações e concluíram que a influência é maior do que normalmente se imagina. Ainda nesse sentido, Anchite e Issler (2002) reconhecem a importância da razão lucro-preço e da razão preço contábil-preço de mercado, para explicar o valor fundamental de uma empresa, pois ampliam o conjunto de informações do agente. Entretanto, Mendonça Neto e Bruni (2004) buscaram verificar empiricamente a associação entre o retorno de ações e variáveis contábeis, como o beta contábil, o coeficiente de variação do lucro líquido e a variabilidade do retorno sobre o patrimônio líquido. Chegaram à conclusão de que a associação entre o mercado e as variáveis contábeis não é significativa e não permitem dizer que as variáveis estudadas explicam o retorno das ações. Estudo realizado por Galdi e Lopes (2006) analisou a relação entre o lucro contábil e o preço das ações no mercado latino-americano. Concluindo que as evidências apontam para um relacionamento de longo prazo entre o lucro e os preços das ações. Contudo, afirmam que não se pode estabelecer uma relação de causação entre essas duas variáveis. Segundo Galdi et al.(2006) muitas pesquisas constataram que a divulgação dos lucros contábeis impacta os preços das ações, mas não foi observada uma correlação perfeita. Parte do motivo para a falta de correlação perfeita está no fato de que os preços captam o impacto de um conjunto de informações muito mais amplo do que o representado apenas por lucros contábeis. Por exemplo, os preços reagem a coisas tão exóticas como boatos de guerra e tão corriqueiras quanto variações da taxa de juros de Letras do Tesouro. (HENDRIKSEN e VAN BREDA, 1999). Observa-se, então, que em circunstâncias diversificadas as variáveis contábeis em uma análise fundamentalista, têm apresentado resultados diferentes quanto à sua relação com os preços das ações. Considerando com Galdi et al. (2006) que de acordo com a Teoria da Hipótese do Mercado Eficiente, na forma semi-forte, as informações contábeis deveriam estar refletidas nos preços das ações. Considerando ainda que a análise fundamentalista, segundo Kühl (2007), consiste num procedimento de estudo de todas as informações que possam influenciar o valor das ações, exceto a própria evolução do preço e dos volumes de negociação das ações, a presente pesquisa busca contribuir para uma visão sobre a influência de algumas variáveis contábeis no preço das ações de empresas "pontocom" no mercado brasileiro. # b) A Crise Das Empresas "Pontocom" Com a crise das empresas pontocom (empresas que exploram a comercialização virtual de serviços ou produtos) no início do ano de 2001, o banco central americano Federal Reserve passou a diminuir sua taxa de juros na tentativa de evitar a Segundo Kindleberger (1992), uma bolha nos ativos financeiros corresponde a uma forte elevação de seus preços em processo contínuo (provocada por expectativas de elevações adicionais, que atraem novos compradores) seguida de uma forte reversão desses preços, resultando em crise financeira. Isso ocorreu no início dos anos 2000 com as empresas "pontocom", gerando forte crise financeira que redundou no fechamento de inúmeras empresas desse setor. O problema já era anunciado, pois afirmava Lünnemann (2001) que as estimativas nas empresas da nova economia estão mais sujeitas às contingências e às projeções de crescimento de preço e de lucros realizadas nos últimos anos parecem ser irreais. Segundo a opinião de Ayrer, Upper e Werner (2001) as empresas da nova economia são difíceis de avaliar. Não obstante essa dificuldade afirma Kaplan (2002) que em meados do ano 2000, o mercado começou a notar que as avaliações das empresas "pontocom" não correspondiam às expectativas criadas e que esse fato deu início à crise no setor. Mesmo assim, o autor dá sua contribuição em termos de modelo de avaliação de empresas "pontocom", ou seja, crê na possibilidade de avaliá-las, mas sugere cuidados. Nesse sentido, reforça Schmitt Jr. (2002) que uma das questões mais debatidas no mercado de investimentos é se existe diferença entre a valorização e a volatilidade de ativos relacionados a empresas do mundo real e empresas do mundo virtual (nova economia). O autor compara uma empresa do mundo virtual com uma do mundo real e conclui que em determinado período as duas empresas, que são voltadas a um mesmo público, com um mesmo produto, tiveram trajetórias distintas de valorização de seus negócios, apesar de irem à mesma direção. Segundo Martins (2005), embora as oportunidades de negócios estejam em um outro estágio e os investidores tenham amadurecido um pouco mais para lidar com estimativas de valor para estes negócios, ainda existem muitas dúvidas sobre qual a melhor maneira para precificar as empresas da nova economia. # c) Ideiasnet: Evolução Do Preço De Suas Ações A Ideiasnet S.A. iniciou suas atividades em 10 de abril de 2000 objetivando a participação no capital de outras sociedades, empreendimentos e consórcios como sócia, acionista, quotista ou consorciada. Sua atuação se dá na forma de holding de participações em projetos de Tecnologia de Informação, em diversos estágios de desenvolvimento, participando ativamente da gestão dessas empresas com suporte financeiro, operacional, estratégico, administrativo e comercial. Segundo o site corporativo da IDEIASNET: Em oito de junho de 2000, o pregão da Bovespa abriu com uma novidade: a Ideiasnet tornouse a primeira empresa de Tecnologia de Informação brasileira a lançar ações no mercado, sendo todas ordinárias ("IDNT3"). Atualmente, a Ideiasnet conta com um portfólio de empresas atuando nas áreas de business-to-business (B2B), business-to-consumer (B2C), infra-estrutura, wireless, desenvolvimento de softwares e Mídia&Entretenimento. (IDEIASNET, 2007) Para se ter uma idéia sobre o comportamento do preço das ações da IDEIASNET foi realizado através do EXCEL uma análise preliminar da série histórica mensal dos preços acima citados. Observou-se que do ponto de vista linear, logarítmico e exponencial o R² não é expressivo, portanto as respectivas equações não explicam adequadamente o comportamento das ações ao longo do tempo. Porém do ponto de vista polinomial observou-se que o R² de aproximadamente 70% é significativo e, portanto pode-se afirmar que essa série temporal apresenta uma tendência polinomial, conforme se pode observar nos gráficos um a quatro, a seguir: Fonte : Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA Fonte : Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA Fazendo uma análise qualitativa observa-se que a IDEIASNET iniciou suas atividades na Bolsa de Valores justamente no período da crise das empresas "pontocom" e demonstra ter sofrido as conseqüências da grande incerteza que marcou tal período, pois iniciou com a ação valendo R$ 12, 50 em junho de 2000, chegando a R$ 0,25 em maio de 2003. A partir daí os dados apontam para uma virada; o que antes era uma forte queda passou para uma forte alta que está em curso até os dias atuais. O Relatório da Administração atribui o movimento de recuperação nos preços ao amadurecimento e à reestruturação da empresa: Fonte : Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA espaço para crescerem e assim consolidarem os seus modelo de negócios. (IDEIASNET, 2004) Observa-se também que nesse período estudado a empresa comportou-se de acordo com as observações de Damodaram (2000) Correlação negativa alta -0,90 a -0,99 Correlação negativa muito alta -1,00 Correlação negativa perfeita # Fonte: Baseado em dados de Collins e Hussey (2005) Este estudo utilizou-se do método dedutivo, com pesquisa bibliográfica e exploratória, com a realização de estudo de caso focado em uma empresa de tecnologia brasileira e, portanto não permite generalizações. No entanto, apresenta indicativos das relações existentes entre o comportamento dos preços das ações em empresas "pontocom" brasileiras e seus indicadores contábeis, que devem ser testados posteriormente em outras pesquisas, considerando um grupo maior de empresas do setor. # IV. # Análise dos Resultados a) Calculando As Correlações Com o auxílio do Excel, foram realizados os cálculos de correlação entre diversos indicadores contábeis e os preços médios anuais das ações, conforme as tabelas a seguir. A Composição do Endividamento apresenta correlação positiva alta, donde se infere que nesse caso quanto maior o percentual de obrigações de curto prazo, maior o preço das ações.Outras pesquisas poderão explicar o porquê desse comportamento, que a princípio parece contraditório. Já a Imobilização do Patrimônio Líquido e dos Recursos não Correntes, apresentam ambas uma correlação negativa muito alta, levando-se a inferir que nesse caso quanto maior a aplicação no Ativo Permanente, menor o preço das ações. Por outro lado, a Participação de Capitais de Terceiros apresenta correlação negativa baixa e os indicadores de Liquidez Corrente e Seca apresentam correlação positiva baixa, enquanto a Liquidez Geral apresenta uma correlação positiva média.Nesses casos, os resultados não foram expressivos. V. # Conclusão O presente estudo apresenta como limitação o fato de não poder generalizar os resultados, tendo em vista que se trata de um estudo de caso.Porém, apresenta indicativos de relações entre indicadores contábeis e as variações nos preços das ações de empresas "pontocom", no Brasil. Entre os indicativos observou-se que, confrontados com os preços médios anuais das ações da IDEIASNET: os prejuízos apresentam uma correlação negativa alta; o Q de Tobin apresenta correlação positiva muito alta; a Composição do Endividamento apresenta correlação positiva alta, a Imobilização do Patrimônio Líquido e dos Recursos não Correntes, apresentam ambas uma correlação negativa muito alta. Esses resultados demonstram que esses indicadores se relacionam de forma expressiva com os preços das ações. Por outro lado, a Participação de Capitais de Terceiros apresenta correlação negativa baixa e os indicadores de Liquidez Corrente e Seca apresentam correlação positiva baixa, enquanto a Liquidez Geral apresenta uma correlação positiva média.Nesses casos, os resultados não foram expressivos. Diante do exposto, pode-se concluir que a análise fundamentalista pode contribuir para a compreensão do comportamento do preço das ações de empresas "pontocom" brasileiras, tendo em vista que há relação significativa entre tais preços com diversos indicadores contábeis da empresa estudada.Outras pesquisas poderão aprofundar o assunto, especialmente quando ampliadas para número significativo de empresas semelhantes à IDEIASNET. ![Journal of Management and Business Research Volume XIV Issue I Version I Year ( ) C retração de consumo no país. Em meio a esse cenário, o mercado imobiliário pôde aproveitar a diminuição da taxa de juros, ganhando maior credibilidade e sustentabilidade no mercado. Durante o intervalo de 2001 a 2004 o "boom" do mercado imobiliário se consolidou, e as taxas de juros do Federal Reservem chegaram à recordes mínimos fazendo com que bancos e investidores sentissem uma confiança extra para fornecer empréstimos e linhas de crédito.](image-2.png "Global") ![Para testar se existe relação entre os principais indicadores contábeis e a evolução do preço das ações ao longo do tempo, foram levantados os dados contábeis da IDEIASNET no site da BOVESPA, mais especificamente os Balanços Patrimoniais e Demonstrações do Resultado do Exercício do período de 2000 a 2006. Obtiveram-se então os seguintes indicadores contábeis: a) P -Prejuízo: obtido diretamente nas DREs; b) Q de Tobin, dado por: de mercado das ações negociadas VCPC = Valor contábil dos passivos circulantes VCAC = Valor contábil dos ativos circulantes VCE = Valor contábil dos estoques VCDLP = Valor contábil das dívidas de longo prazo e AT = Ativo Total. c) CT -Participação de Capitais de Terceiros, dada por: 100 Líquido Patrimônio](image-3.png "") 2![Classificação de Collins e Hussey quanto ao nível de correlação Tabela 2 -Classificação de Collins e Hussey quanto ao nível de correlação Coeficiente de correlação (r](image-4.png "Tabela 2 :") 3![e) IPL -Imobilização do Patrimônio Líquido, dado por: f) RNC -Imobilização de Recursos não Correntes, dada por: 51 Global Journal of Management and Business Research Volume XIV Issue I Version I Year ( ) Comparação entre preço médio das ações e Lucros/prejuízos](image-5.png "CTabela 3 :") ![](image-6.png "") comportamento aleatório, ou random walk, indicava queo mercado funcionava bem, que era eficiente, e que ospreços das ações refletiam as informações correntes.Assim, não seria possível ter retornos anormaispositivos significativos adotando estratégias deinvestimento com base no comportamento de preçospassados. Mas, recentemente há casos que afirmamjustamente o contrário.Pesquisando o mercado brasileiro esse autorconcluiu que existe certa previsibilidade em examinarretornos passados, e que essa previsibilidade resultaem ganhos econômicos significativos. Entretanto, Ross,Westerfield e Jaffe (2002) argumentam que o baixocusto e a relativa facilidade de encontrar padrões decomportamento em preços, fariam com que não seobtivessem lucros extraordinários analisando apenas asséries temporais, pois todos o fariam e assim os lucrosdesapareceriam com o passar do tempo.Penman (2004) afirma que a análisefundamentalista pode reduzir o risco de pagar muito poruma ação ou vender por pouco dotando o investidorcom informações sobre o valor intrínseco da ação. Aanálise fundamentalista estuda as causas que fazem ospreços variarem de forma ascendente ou descendente,partindo do pressuposto de que existe uma correlaçãológica entre o valor intrínseco de uma ação e o seuvalor de mercado (FAMA, 1995).Nesse sentido, Chan et al (1991) verificaram acapacidade de explicação de quatro variáveisfundamentalistas nas variações dos retornos médiosdas ações no mercado japonês: índice lucro poração/preço, valor de mercado, índice valor patrimonialda ação/preço e índice fluxo de caixa por ação/preço,concluindo que o índice lucro por ação/preço, o índicevalor patrimonial da ação/preço e o índice fluxo decaixa/preço apresentam relação positiva com arentabilidade das carteiras, enquanto a variável valor demercado apresenta relação inversa. Análise Fundamentalista Em Empresa "Pontocom" Brasileira: Um Estudo Da Relação Entre IndicadoresContábeis E Preços Das AçõesO ano de 2003 foi marcado pela retomada ePara Jiambalvo (2002), o retorno sobre ofortalecimento das empresas do setor deinvestimento é uma das principais ferramentas paratecnologia da informação. Apesar do cenário econômico instável ao longo do ano, as empresas investidas que já estavam reestruturadas e amadurecidas encontraram Prazo Longo a Exigível Líquido Patrimônio Permanente Ativo +avaliar o desempenho dos centros de investimentos e 100 xAtivoCirculante+RealizávelaLongoPrazog) LG -Liquidez Geral, dada por:PassivoCirculante+ExigívelaLongoPrazoAtivoCirculanteh) LC -Liquidez Corrente, dada por:PassivoCirculantei) LS -Liquidez Seca, dada por:Disponível+TítulosaReceber+OutrosAtivosdeRápidalidade ConversibiPassivoCirculanteMetodologia da Pesquisad) Indicadores ContábeisAfirma Kühl (2007) que os indicadoreslevantados por meio da análise das demonstraçõescontábeis são importantes fontes de informações parao usuário externo, já que este não tem acesso a muitasdas informações geradas internamente.CapitaisdeTerceirosxd) CE -Composição do Endividamento, dada por:Terceiros Circulante de Passivo Capitais100 xLíquido Permanente Patrimônio Ativo100 x 2002 2003 2004 2005 Tabela 10 : Exercício 2005 2006 -0,40 a -0,69 Correlação negativa média 1,99 3,00 Preço médio anual das ações 0,55 0,53 0,99 1,99 -0,70 a -0,89 Correlação negativa alta 2006 3,00 CORRELAÇÃO = 0,70 2000 7,50 2001 1,43 -0,90 a -0,99 Correlação negativa muito alta CORRELAÇÃO = -0,791362201 Fonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA 2002 0,55 -1,00 Correlação negativa perfeita Fonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA 2003 0,53 Tabela 7 : Comparação entre preço médio das ações e Indicador de -3.557.317,00 -6.092.238,00 -9.726,00 64,57 84,27 Liquidez Corrente -2.217,00 -4.127, 00 3,76 1,66 2,04 1,20 2004 0,99 3,88 Tabela 4 : Comparação entre preço médio das ações e Q e Tobin Tabela 7 -Comparação entre preço médio das ações e Indicador de 2005 1,99 10,43 Observa-se então que os prejuízos contábeisTabela 4 -Comparação entre preço médio das ações e Q e Tobin Imobilização do Patrimônio Líquido 2006 3,00 apresentam uma correlação negativa alta, donde se1,06Exercício CORRELAÇÃO = 0,11 Exercício infere que nesse caso quanto maior o prejuízo, menor o Preço médio anual das ações Preço médio anual das ações 2000 7,50 2001 1,43 2000 7,50 2001 1,43 2002 0,55 2003 0,53 Tabela 11 : Comparação entre preço médio das ações e Indicador de Liquidez Seca Imobilização do PL Q de Tobin 5,40 1,37 30,70 84,61 108,03 99,36 preço das ações. Fonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA O Q de Tobin apresenta correlação positiva muito alta,2002 Tabela 11 -Comparação entre preço médio das ações e Indicador de Liquidez Seca 0,55 0,78 2004 0,99 100,23Exercício2005 2006 200020031,99 3,000,53 Preço médio anual das ações 7,50Liquidez Seca 69,78 1,12 73,38 3,642004 CORRELAÇÃO = -0,96 20011,430,991,52 1,3320020,550,732005 Fonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA 1,99 0,53 20032,71 0,432006 Tabela 8 : Comparação entre preço médio das ações e Indicador de 3,00 3,51 0,99 3,37 1,99 8,51 CORRELAÇÃO = 0,960153639 2004 2005 Tabela 8 -Comparação entre preço médio das ações e Indicador de 3,00 0,18Fonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA Imobilização de Recursos não Correntes Exercício Preço médio anual das ações CORRELAÇÃO = 0,21Imobilização Recursos não correntesTabela 5 : Comparação entre preço médio das ações e Indicador de Fonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPATabela 5 -Comparação entre preço médio das ações e Indicador de b) Classificação Dos Indicadores ContábeisParticipação de Capital de Terceiros Assim, foram transferidas as correlações de cada indicador contábil trabalhado, para a Tabela 12 deExercício classificação, a seguir, conforme Collins e Hussey (2005): Preço médio anual das açõesParticipação Capital Terceiros2000 2001 Tabela 12 : Classificação dos indicadores contábeis, conforme correlação com os preços médios anuais 7,50 12,93 1,43 11,82 2002 0,55 15,84 das ações2003 Tabela 12 -Classificação dos indicadores contábeis, conforme correlação com os preços médios 0,53 26,272004 20050,99 1,99anuais das ações40,42 3,162006 CORRELAÇÃO = -0,19 Tabela 9 : Comparação entre preço médio das ações e Indicador de Liquidez Geral 3,00 40,58 Tabela 9 -Comparação entre preço médio das ações e Indicador de Liquidez Geral Coeficiente de correlação (r) Interpretação P Q CT CE IPL RNC LGLCLSFonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA Exercício Preço médio anual das açõesLiquidez Geral12001 20001,43 Tabela 6 : Comparação entre preço médio das ações e Indicador de 7,50 Correlação positiva perfeita2,30 6,36Tabela 6 -Comparação entre preço médio das ações e Indicador de 2002 0,55 0,90 a 0,99 Correlação positiva muito alta1,04Composição de Endividamento Exercício Preço médio anual das ações 2003 0,53 2004 0,99 0,70 a 0,89 Correlação positiva altaComposição Endividamento 0,69 0,992000 0,40 a 0,692006 20057,50 Correlação positiva média3,00 1,991, 66 100,00 10,562001 CORRELAÇÃO = 0,46 0,01 a 0,39 Correlação positiva baixa 1,4390,80Tabela 3 -Comparação entre preço médio das ações e Lucros/prejuízos Exercício Preço médio anual das ações 2002 0,55 Fonte: Elaboração própria baseada em dados da BOVESPA Correlação nula 2000 7,50 2003 0,53 2001 1,43 2004 0,99 -0,01 a -0,39 0 Correlação negativa baixa36,63 Lucros/prejuízos anuais 55,72 -23.909.819,00 -8.792.478,00 22,46 © 2014 Global Journals Inc. (US) 7,50 30,70 2001 1,43 83,70 2002 0,55 90,30 2003 0,53 96,77 2004 0,99 76,31 2005 1,99 69,01 2006 3,00 68,97 CORRELAÇÃO = -0,96 * Racionalidade e previsibilidade no mercado brasileiro de ações: uma aplicação de modelos a valor presente CAnchite JVIssler Est Econ 2 2002 * Finanças Corporativas e Valor AssafNeto Alexandre 2003 Atlas São Paulo * Stock Market Valuation of Old and New Economy Firms. Deutsche Bundesbank BAyrer BUpper TWerner 2001 Frankfurt * Explaining stock price movements: Is there a case for fundamentals? NathanSBalke MarkEWohar Economic & Financial Review; Third Quarter 2001 * Fundamentals and stock returns in Japan KCChan YHamao JLakonishok The Journal of Finance 1991 dezembro * A Simple Approximation of Tobin's Q. Financial Management, v. 23, n.3, Aut KChung SWPruitt 1994 * Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação Jill;Collins RogerHussey Trad. Lucia Simonini. 2. ed. 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